sábado, 23 de outubro de 2010

Além de mim

Hoje sou um pássáro abatido,
alvejado pela pedra da estilingada.
Minha alma dentro de mim parece solta, deslocada,
parece não se encaixar.
Não sinto dor nem alegria, apenas sinto
e o que sinto talvez ainda não tenha nome.
Olho para esta ferida que não sangra nem dói.
Vejo punsar uma frágil veia que desejou não se romper.
Vivo além de mim, um mundo desconhecido, sombrio,
mas onde vivem um milhão de estrelas.
Vivo além de mim, e não me encontro em lugar algum.

2 comentários:

Marcos S. P. Euzebio disse...

Em lugar nenhum! Tá explicado, então, porque não te encontro...
Como vão as coisas, caríssima?
Bj

Greta disse...

Eu to bem! Vc que desapareceu...beju